Embolia Pulmonar
Editor
André Volschan
Membros
Bruno Caramelli,
Carlos Antônio Mascia Gottschall,
Celso Blacher,
Enio Leite Casagrande,
Eraldo de Azevedo Lucio,
Euler Roberto Fernandes Manente,
Evandro Tinoco Mesquita,
Luiz Carlos Bodanese,
Mario Seixas Rocha
Coordenador de Diretrizes da SBC
Jorge Ilha Guimarães
Diretriz de Embolia Pulmonar
Introdução
A embolia pulmonar (EP) ocorre como conseqüência de um trombo, formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos, daí o termo adotado por muitos grupos de doença venosa tromboembólica. No ocidente, sua incidência na população geral é estimada em 5/10.000 pacientes1, com mortalidade quatro vezes maior quando o tratamento não é instituído2. Não se trata de doença que aparece apenas no consultório do cardiologista ou nas salas de emergência, mas, sim, de uma enfermidade que surge como condição primária ou como complicação, em qualquer área da medicina. A EP constitui um aparente paradoxo da medicina moderna - à medida que ocorre o progresso médico, maior o número de situações que predispõem ao tromboembolismo - porque nos defrontamos, cada vez mais freqüentemente, com doentes graves submetidos a períodos prolongados de repouso no leito e a procedimentos invasivos. No entanto, por outro lado, os avanços tecnológicos têm permitido uma maior chance de seu diagnóstico e tratamento.
Diagnóstico
Fatores de risco
A presença de fatores de risco para o tromboembolismo venoso é a condição inicial para o estabelecimento de elevada suspeita clínica e, também, para realização de adequada profilaxia3. As situações em que prevaleçam um ou mais componentes da tríade de Virchow4 (estase venosa, lesão endotelial e estado de hipercoagulabilidade) são as propícias ao desenvolvimento da trombose5. Os principais fatores de risco para o tromboembolismo venoso são: trauma não