em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto, tão perto, tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
Análise do Poema
Divisão do poema: Dividi este poema em duas partes.
Primeira Parte:
"Em todas as ruas te encontro" (linha 1) ... "a limitar a tua altura" (linha 6) Nesta primeira parte, o autor começa à procura da sua lembrança por pensamentos.
Segunda Parte
"e bebo a água e sorvo o ar" (linha 7) ... "Em todas as ruas te perco" (linha 16) Nesta segunda parte, o autor começa por descrever a sua antiga lembrança e cada vez mais vivendo essa angústia. Podemos observar este exemplo em "e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto, tão perto, tão real que o meu corpo se transfigura". Este poema acaba da mesma maneira que começou, com o objectivo de dar mais ênfase ao assunto em questão.
Narrador: Participante como observador, Omnisciente pois sabe tudo, mesmo que se passa no interior das personagens. Quanto à sua posiçao é subjectivo, narra os acontecimentos. Ex: "sonhei tanto a tua figura/que é de olhos fechados que eu ando/a limitar a tua altura"
Modo de expressão: Monólogo, fala sobre a personagem consigo mesmo.
Verso: Não possui verso.
Estrofe: Possui mais de 10 versos
Rima: Verso branco- não apresenta qualquer rima
Recursos estilísticos: Anáfora - Consiste na repetição da mesma palavra. Ex: "que é de olhos fechados que eu ando" "que te atravessou a cintura" "que o meu corpo se transfigura"
Antítese - Consiste no contraste entre duas ideias. Ex: "Em todas as ruas te encontro/Em