Em SP, 76% das gestantes não recebem anestesia
Documento aponta que 76% das grávidas atendidas pelo SUS-SP não obtiveram anestesia durante trabalho de parto em 2009
Segundo reportagem veiculada nesta segunda-feira (21/06/2010) pelo portal de notícias “UOL”, 76% das gestantes que passaram por trabalho de parto no atendimento do Sistema Único de Saúde em São Paulo (SUS-SP), em 2009, não receberam anestesia raquidiana ou peridural, essencial para aliviar o sofrimento da gestante na hora do trabalho de parto.
Intitulado “Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS-SP”, o relatório foi produzido com base em 350 mil respostas obtidas após o envio de cartas ou em telefonemas aos cidadãos atendidos em 2009 nas mais de 630 unidades que funcionam com recursos do SUS no Estado. As grávidas foram obrigadas a enfrentarem o trabalho de parto sem a anestesia indicada na maioria dos casos.
Apenas 24% das grávidas enfrentaram o trabalho de parto com a anestesia normalmente indicada. E, segundo o relatório, 14% tiveram seus filhos tomando apenas um “banho morno”, “massagem” ou “exercício” para aliviar a dor (o levantamento não especifica o tipo de parto, natural, induzido ou cesárea).
No documento, conclui-se que torna-se necessária “a revisão dos procedimentos internos aos serviços, na busca de humanização do atendimento, quesito ainda bastante falho nos atendimentos de parto”.
FALTA DE VACINAÇÃO
Cerca de 30% dos pais relataram falta de vacinas nas unidades do SUS (SP). No total, 18,9% dos pais disseram que seus filhos não tomaram nenhuma vacina ao nascer, indo contra as normas do Programa de Imunização do Estado de São Paulo, que prevê pelo menos a oferta de vacinas contra a tuberculose.
Ainda de acordo com a reportagem, os cinco membros do Conselho Estadual de Saúde, órgão consultivo da secretaria que, em tese, deveria ser informado de tudo o que acontece no sistema de Saúde estadual, relataram não ter conseguido acesso aos dados divulgados neste documento.
22/06/2010 – 07h30 /