ellenlarryse92

864 palavras 4 páginas
INTRODUÇÃO

A Morte, especialmente no Ocidente, não tem sido um tema de fácil abordagem, uma vez que o sentido construído para o desfecho do que convencionamos chamar de vida, remete, quase sempre, ao medo, à angústia ou à rejeição. Desta forma, assistimos com freqüência, a vinculação da Morte com o sobrenatural, o terror, o castigo, a dor, entre tantos outros significados considerados negativos pelas nações ocidentais.

Então, como aqueles que, por força do seu ofício, convivem e enfrentam diariamente a questão da Morte? E qual o significado que esta assume a estes profissionais? Nesse sentido, profissionais como os de enfermagem, tem a morte presente, de maneira quase que ostensiva à sua rotina de trabalho obrigando-os a convivência, nem sempre pacífica. De acordo com alguns estudos(1-2) a Morte tem despertado nesses profissionais, sentimentos de frustração, medo e insegurança, que, ao menos em tese, não poderiam acompanhar sua vida profissional.

Historicamente, no início da Idade Média, a Morte não passava de um evento considerado natural. O doente cumpria uma espécie de ritual; ele pedia perdão por suas faltas, legava seus bens e em seguida, esperava que a morte o levasse. Não havia drama ou gestualidade excessivas.

Atualmente a Morte é tratada como tabu, tendo sido, no decorrer dos séculos, deslocada da casa para o hospital. Deixando assim de constituir um fenômeno natural, para transformar-se numa morte fria, escondida e profundamente indesejada(3). E essa dificuldade em se lidar com a Morte tem ocasionado uma gama de problemas que atinge diretamente o sistema de saúde público e privado do país, especialmente em virtude do adoecimento de seus profissionais(4). Adoecimento este, decorrente do desgaste emocional, que favorece o desenvolvimento da síndrome de Burnout, descrita como a reação final do indivíduo face às experiências estressantes acumuladas ao longo do tempo de determinada atividade laboral, obtendo uma modificação do cuidar, produzindo na

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