Elitismo
O elitismo compreende um grupo de obras cuja característica marcante é a definição de Política como um espaço social dominado pela ação de minorias articuladas ou seja existem espaços diminuídos para a participação política. Segundo Vilfredo Pareto de acordo com a teoria dos resíduos, os homens podem ser divididos em seis grupos de capacidades de comportamento social. O primeiro apresenta um conjunto de atributos responsável pela capacidade de raciocínio experimental e de ousadia. A elite dos homens, portanto, pode ser encontrada nesse grupo. Consequentemente, a Política é dominada pela ação virtuosa desta categoria especial. Já para Gaetano Mosca o modo como a sociedade se organiza condiciona o espaço e as possibilidades para a participação do indivíduo. Como a sociedade moderna se estruturou de modo a restringir os espaços de participação, a Política se investiu de uma característica eminentemente elitista. Segundo Robert Michels, independentemente dos objetivos ideologizados que principiaram a formação de determinada estrutura de ação política, na medida em que essa organização cresce e aumenta, as necessidades burocráticas e administrativas condicionam a formação de uma estrutura decisória fechada, autoritária e elitista (exemplo: um partido político de esquerda revolucionária). A obra de Michels reside na tentativa de demonstrar como as esferas decisórias tendem a ser dominadas, mesmo nas organizações, por um grupo seleto de indivíduos, o que coloca o elitismo no interior delas. Como já se pode visualizar, os autores citados perceberam a Política como portadora de uma lógica de ação racional e estrategicamente elaborada. Tal lógica favorece a formação de grupos de interesses que procuram, de preferência em regimes democráticos, comandar a Política com ações bem coordenadas e