Elisa Reis - Fichamento: elites agrárias, state-building e autoritarismo

Universidade de Brasília
Política Brasileira 2 – Professora Fernanda F. Mota
Andressa Gonçalves Ferreira Matrícula: 13/0005983

Fichamento 1 – REIS, Elisa. Elites agrárias, state-building e autoritarismo. Dados – Revista de Ciências Sociais. Vol. 25, n.3, 1982; pp. 331-347.

A autora problematiza a questão da modernização brasileira com caráter autoritário, sumariza as teorias em comparação com outros países e reforça a ação das elites agrárias. O autoritarismo é algo intrínseco à história do Brasil e, dessa forma, não se trata de algo “efêmero”. Assim, a autora cita Azevedo Amaral, com o intuito normativo de identificação problemática com a admissão de formas liberais em seu aspecto político incompatíveis com a nossa realidade. Cita também Oliveira Viana, com o embate acerca da cultura política brasileira, uma vez que de modo equivalente aos demais países da América Latina, foram caracterizadas pelo consecutivo autoritarismo, o qual se tornaria um empecilho crítico e fundamental à democratização. A questão jurídico-político incita que o autoritarismo advém da colonização e se torna um obstáculo à pratica liberal. Assim, há dois mecanismos de colapso do liberalismo: a predominância da representação corporativa – que trata dos interesses de grupos, e a cooptação política, utilizado como instrumento de controle. Nota-se a importância elucidada nas questões de influências mútuas entre os acontecimentos econômicos e sociais nos fatos políticos, uma vez que “concentra-se na atuação de classes sociais específicas, frente a condições econômicas particulares, e em interação com o centro político nacional” (pág. 334). O sistema político nas nações emergentes foi herança da autoridade colonial, que resultou em uma complexa estrutura de classes e impôs ao setor agrário a significativa divisão com outros atores, devido seu dinamismo interno no corpo social e sua interatividade com o centro político. Vale ressaltar a reflexão sobre a abolição da escravatura, visto que a