ELI
“A escrita nunca se limitou a transcrever os textos orais. A escrita criou uma nova retórica, u modo de ser da língua que não substitui, não ocupa o lugar do oral [...] a aquisição da escrita não é a aquisição de uma técnica para transcrever a oralidade. É comprometer-se com outra língua. A língua escrita”. (Ferreiro, 2001, p. 53 apud Anacleto, 2013, p. 20).
Segundo Soares (2003), a concepção psicogenética nega pré-requisitos para aprendizagem da escrita que caracterizam a criança pronta ou madura (remete a métodos tradicionais). A psicogenética rejeita ordem hierárquica de habilidades, defendo que a aprendizagem ocorre por uma progressiva construção de estruturas cognitivas na relação da criança com o objetivo da língua escrita.
Você aprendeu que o construtivismo considera o aluno enquanto sujeito ativo no seu processo de aprendizagem, deslocando a ênfase até então atribuída ao método.
Conforme Soares (2002, p.n90), o construtivismo demostra que “a criança é que aprende a ler e a escrever, não é o método que ensina a ler e escrever”.
Para Soares (2003), as contribuições do construtivismo já vem exercendo nítida influência na alfabetização, no que tange ao aspecto simbólico da notação gráfica. É necessário, agora, dedicar-se à pratica pedagógica do uso da lingua escrita como discurso, ou seja, como atividade real de enunciação e interação (seguindo regras discursivas próprias, tais como coesão, coerência, informalidade, etc).
Na educação, a inspiração para o construtivismo vem principalmente de Jean Piaget (1986-1980), um importante pesquisador que se dedicou a explicação biológica do nascimento. Formado em ciências naturais pela Universidade de Nêuchatel e envolvido com muitas pesquisas e estudos, o autor encontrou subsídios na psicologia para explicar o desenvolvimento cognitivo humano. A preocupação central de Piaget dirigi-se, então, à elaboração de uma teoria do conhecimento que pudesse explicar como o organismo conhece o