eletrotecnica basica
O modo de produção capitalista tem como característica essencial a extração da mais-valia, ou seja, a exploração dos trabalhadores. Essa exploração ocorre devido ao fato de os trabalhadores encontrarem-se despossuídos dos meios de produção. Seu trabalho e sua produção encontram-se fora do seu domínio. O produtor direto está alienado das condições de produção e reprodução da sociedade, dominado pelas forças sociais que ele mesmo criou. O fetichismo da mercadoria ou a reificação das relações sociais dominam o ser e a consciência tanto dos trabalhadores como dos burgueses. É desse ocultamento das relações sociais por trás da produção de mercadorias e de valor, processo que aparece como eterno e natural, é dessas fantasmagorias que tira a sua força a ideologia burguesa que, domina as mentes dos indivíduos sob o capitalismo.[1]
O capital, portanto, tira sua força da exploração do trabalho da classe trabalhadora. O trabalhador produz o valor necessário para pagar a sua reprodução, o seu salário, e além disso produz um valor não pago, que é a apropriado pelo capitalista, a mais-valia. E é com a apropriação da mais-valia, do trabalho não pago, que o capital se expande e se acumula de forma intensa e permanente até encontrar seu limite imposto por suas próprias contradições. E essas contradições, como veremos adiante, são as responsáveis pelas crises do capitalismo.
A acumulação do capital, sua razão de ser, encontra-se determinado pela teoria do valor-trabalho. É esta lei que explica as características essenciais do modo de produção capitalista. Tendo sido elaborado pela economia política clássica, por Smith e por Ricardo, foi somente com Marx que esta teoria alcançou sua plenitude teórica e prática. Foi a partir da teoria do valor-trabalho que Marx desvendou os mistérios da produção da riqueza do capitalismo. Ao descobrir que é o trabalho, ou mais precisamente, o tempo de trabalho socialmente necessário que produz o valor e