Eletrolise ignea
As substâncias iônicas têm a propriedade de conduzir eletricidade quando em solução aquosa. A eletrólise ígnea é oriunda dessa propriedade e se fundamenta na descarga de íons com perda de carga.
Pelo processo de eletrólise ígnea, pode-se obter, por exemplo, cloro, a partir do gás cloro (Cl2), sódio, a partir do NaCl,alumínio, a partir da bauxita.
No processo de obtenção de sódio a partir do NaCl fundido a mais de 800 graus (porque esse é o seu ponto de fusão), são mergulhados dois eletrodos inertes polarizados, que podem ser de platina ou grafite. Ambos os eletrodos são carregados eletricamente, um com carga positiva e outro com carga negativa.
Com essa reação, formam-se íons Na+ e Cl-, quando tais íons entram em contato com os eletrodos, os íons positivos Na terão contato com o eletrodo negativo (cátodo) e os íons negativos Cl terão contato com o eletrodo positivo (ânodo). No eletrodo negativo haverá a formação, então, do sódio metálico, e no eletrodo positivo, formação do gás cloro.
Para representar o processo acima temos a equação:
NaCl (s) → Na(ℓ) + ½ Cl2(ℓ)
Para se obter alumínio através da bauxita (é possível seguir o mesmo padrão do procedimento anterior. Para isso utiliza-se a criolita como fundente, que tem a função de diminuir o ponto de fusão da bauxita (em condições normais ela funde a 2050 graus Celsius!). Nesse caso, os produtos da reação serão o Al3+ e o O2-, em que, o primeiro se concentrará no ânodo e o segundo no cátodo. O Al3+ é reduzido a alumínio metálico e o O2- oxida-se e forma o gás oxigênio (O2). Caso o eletrodo seja de grafite, o O2 não será liberado, uma