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Artigo de Revisão
IMPACTO PSICOSSOCIAL DA ACNE
Vera Teixeira1, Ricardo Vieira2, Américo Figueiredo3
1
Interna do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology
2
Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/Consultant, Dermatology and Venereology
3
Director de Serviço; Professor Doutor de Dermatologia e Venereologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra/
Head of Dermatology Department; Professor of Dermatology and Venereology of Coimbra University
Serviço de Dermatologia, Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE, Coimbra, Portugal
RESUMO – Introdução: A acne tem impacto significativo na auto-estima e qualidade de vida dos doentes. Diversos estudos demonstram alterações psicológicas incluindo ansiedade, inibição social, depressão e ideação suicida nos doentes com acne. Desde a aprovação da isotretinoína para o tratamento da acne grave ou refractária, têm surgido relatos de casos e com interesse suscitado pelos media para uma associação entre o tratamento com isotretinoína e a depressão/ ideação suicida. Material e Métodos: Revimos a literatura disponível com o intuito de avaliar o impacto da acne no quotidiano dos doentes e a relação do tratamento com isotretinoína e depressão ou ideação suicida. Resultados: A percepção da gravidade da acne pelo doente difere da avaliação médica, o que se traduz em repercussões psicológicas e sociais, por vezes difíceis de prever. Da revisão efectuada, não foi encontrada relação causal entre o tratamento com isotretinoína e estados depressivos ou comportamentos suicidas. Em muitos casos, o tratamento melhora estes sintomas. Conclusões:
O impacto da acne, muito além do impacto cutâneo, impõe que o reconhecimento dos sinais psicológicos pertinentes seja uma rotina na consulta, de modo a estabelecer estratégias de tratamento adequadas, individualizadas