eletroencefalografia
Em 1929, um psiquiatra alemão chamado Hans Berger, que trabalhava na cidade de Jena, anunciou ao mundo científico e médico que: era possível registrar as fracas correntes elétricas geradas no cérebro humano, sem a necessidade de abrir o crânio, e mostrá-las na forma de um registro em papel. Berger denominou a esta nova forma de registro fisiológico de eletroencefalograma (ou EEG); eque esta atividade mudava de características de acordo com o estado funcional do cérebro, tais como no sono, na anestesia, na hipóxia (falta de oxigênio) e em certas doenças nervosas, como a na epilepsia. left000Primeiro EEG registrado por Hans Berger, aproximadamente em 1928.
Essas eram descobertas revolucionárias, e, de fato, Berger acabou sendo o fundador de um ramo inteiramente novo e muito importante da ciência médica, a neurofisiologia clínica.
No entanto, os eletrodos usados por Berger eram grandes demais para que ele pudesse discernir no EEG algum tipo de localização específica da atividade elétrica em determinadas partes do cérebro (o que chamamos de estudo topográfico). Em outras palavras, o que se queria era se usar a atividade elétrica cerebral registrada no cérebro para determinar com precisão as áreas de projeção sensorial (regiões do cérebro que são ativadas apenas quando estímulos externos, como luz e som, são recebidos), etc.
Esta descoberta foi feita pelo notável cientista britânico W. Gray Walter, o qual, em 1936, provou que se fosse usado um grande número de eletrodos pequenos colocados sobre a pele da cabeça, era possível identificar atividade elétrica normal e anormal em determinadas áreas do cérebro, inclusive podendo se diagnosticar claramente um tumor (que tem atividade anormal ao seu redor, e diminuída ou nula em seu interior).
Assim, impressionado com as possibilidades de construir mapas bidimensionais da atividade de EEG na superfície do cérebro, W. Gray Walter inventon em 1957 o toposcópio (veja a figura).
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