eletrica
Os obstáculos impostos ao movimento eletrônico, conforme discussão qualitativa acima, são todos representados por uma propriedade mensurável, denominada resistência, e definida pela relação
R = V/i (6.4)
Essa definição significa que, quando se aplica uma diferença de potencial (ddp), V, entre os extremos de um resistor, R, uma corrente, i, circulará, de tal modo que a relação (6.4) será satisfeita. A forma mais conhecida de (6.4) é
V = Ri (6.5)
As grandezas relacionadas em (6.4) são todas macroscópicas e facilmente mensuráveis com um ohmímetro (para medir R), com um voltímetro (para medir V) ou com um amperímetro (para medir i). Cada uma tem uma contrapartida microscópica,
V ⤇ E; i J; R ⤇ ⍴
A contrapartida microscópica da resistência é denominada resistividade, ⍴, e a relação microscópica correspondente a (6.5) é
E = ⍴J (6.6)
No regime estacionário, E e J são uniformes, de modo que, para o segmento L da Figura 6.3, V = LE = L⍴J e i = JA
Substituindo V e i na relação (6.4), obtém-se
R = ⍴L/A (6.7)
A relação (6.7) mostra que a resistência de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento, e inversamente proporcional à sua seção reta. A constante de proporcionalidade, , varia com a temperatura conforme a relação empírica
⍴ - ⍴0 = α⍴0(T-T0) (6.8)
onde ⍴0 é a resistividade medida na temperatura T0, e α é o coeficiente de temperatura da resistividade.
possível deduzir a relação entre a resistividade e algumas propriedades microscópicas do material. O movimento eletrônico estacionário, com velocidade de deriva, é proporcionado pelo campo elétrico, E, de tal modo que em média, cada elétron possui aceleração
a = eE/m onde ‘e’ e ‘m’ são, respectivamente, a carga e a massa do elétron. Supondo que o tempo médio entre duas colisões do elétron com a rede cristalina seja τ, e admitindo que a velocidade de deriva é aproximadamente igual