Elementos Textuais
INTRODUÇÃO
Capítulo 1: Introdução
Com os avanços tecnológicos e científicos na área da neonatologia, cada vez mais, é possível a sobrevivência de bebês que nascem pré-termo. Segundo Silva (2003) a vida destes neonatos tem sido salva, entretanto, com alto custo para o desenvolvimento infantil.
O feto é preparado para nascer a partir de 37 a 42 semanas de gestação, uma vez que dentro de seu ambiente natural (útero materno) são recebidos todos os estímulos necessários para o seu desenvolvimento. Quando esta gravidez é interrompida precocemente o feto deixa de receber os estímulos adequados, de modo que passa a ter que se desenvolver em um ambiente muito diferente do natural, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), cuja experiência afeta negativamente o desenvolvimento do pré-termo.
Nessa perspectiva, a prematuridade pode trazer para o bebê uma série de seqüelas para o seu desenvolvimento, por isso a preocupação dos profissionais da área da saúde tem aumentado em relação à qualidade de vida que esses bebês prematuros terão ao longo de seu desenvolvimento. E para que este ocorra de maneira saudável é necessário que todos os fatores que o integram, como os aspectos maturacionais, fisiológicos, ambientais, psico-emocionais e sociais, estejam em equilíbrio. O desequilíbrio de um deles é chamado de fator de risco para o desenvolvimento. Diante disso, considera-se de suma importância o acompanhamento do desenvolvimento infantil de bebês prematuros que já apresentam a prematuridade como fator de risco.
O tema abordado foi escolhido perante a necessidade encontrada através da prática terapêutica ocupacional em consultórios particulares. Verificou-se que muitos bebês com fatores de risco associados ao nascimento (prematuridade) não realizavam um trabalho preventivo em relação ao seu desenvolvimento e, na maioria dos casos, o encaminhamento para esses serviços privados se efetivava quando a criança já apresentava alteração em seu