Eleições
No princípio, o voto era livre no Brasil, mas a partir de 1824, com a Constituição do Império do Brasil, somente homens maiores de 25 anos, com padrão de renda de classe média, podiam votar. Mulheres e analfabetos eram excluídos do processo eleitoral. Somente em 1934, as mulheres e os jovens maiores de 18 anos conquistaram o direito ao voto. Além disso, a partir de 1934 o voto passou a ser secreto, evitando perseguições políticas àqueles que não votaram nos candidatos derrotados. Apesar desses avanços, os analfabetos continuaram sem poder votar no Brasil.
O Governo Vargas se estende até 1945, em um período conhecido como Estado Novo. Novas eleições aconteceram somente em 1945, quando Eurico Gaspar Dutra foi eleito. Apesar de atos autoritários, houve condições mínimas de democracia no país. Essa experiência de regime democrático, mesmo com limitações, duraria até 1964, quando um golpe militar levaria o Brasil a vinte anos de ditadura.
Após quase duas décadas de muitas restrições e autoritarismo, o regime militar começa a perder sua força e manifestações populares surgem em todo o País pedindo eleições diretas para presidente. Em 1985, os analfabetos ganham o direito ao voto e na Constituição de 1988, finalmente, a população retoma o direito a escolher seus dirigentes.
Até a criação das urnas eletrônicas, que garantem uma maior agilidade nas eleições em todo o País, as votações eram feitas nos mais diversos lugares. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, primeiramente, os votos eram depositados em bolas de cera chamadas pelouros; depois vieram as urnas de madeira, as de ferro e as de lona, até que se implementou em todo o Brasil, no ano 2000, o voto informatizado, realizado em urnas eletrônicas, que possibilitam a apuração das eleições quase que de forma imediata.