Eleições nos EUA
Duas grandes diferenças marcam as eleições presidenciais do Brasil e dos Estados Unidos. Enquanto no Brasil o voto é obrigatório para eleitores entre 18 e 70 anos (há poucas exceções previstas em lei) e o presidente é eleito pelo voto popular direto (no primeiro ou, se houver, no segundo turno), nos Estados Unidos votar é facultativo, não uma obrigação, e a maior autoridade do país é escolhida por um Colégio Eleitoral, formado por delegados de todos os Estados norte-americanos.
Para entender as diferenças entre o sistema brasileiro e o americano, em primeiro lugar, ajuda ter em mente que - pelo voto popular direto - os EUA têm não uma, mas 51 eleições presidenciais - as eleições primárias. Elas ocorrem nos 50 Estados e no Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington. O candidato que vencer pelo sufrágio popular direto em cada Estado terá o voto de todos os delegados desse mesmo Estado no Colégio Eleitoral.
O número de delegados estaduais no colegiado que escolhe o presidente corresponde exatamente ao número de senadores e deputados federais que cada Estado tem. A quantidade de senadores é fixa, dois por Unidade da Federação norte-americana, e cada uma delas tem pelo menos um deputado federal. Assim, todo Estado, por menor que seja, terá três representantes no Colégio Eleitoral.
De resto, o número de representantes do povo na Câmara (que correspondem à maior parte do Colégio Eleitoral) é determinado pela quantidade de habitantes do Estado no mais recente censo nacional (sempre feito nos anos terminados em zero). Desse modo, os deputados federais de um Estado podem aumentar ou diminuir, conforme sua população cresça ou encolha no censo.
Critérios estaduais
Os EUA têm cem senadores e 435 deputados federais; logo, são 535 congressistas, e esse número, acrescido dos três delegados do Distrito de Columbia, dá os 538 votos do Colégio Eleitoral. É importante lembrar, porém, que os