Eleição Presidencial
Tal abrangência tornou os meios de comunicação de massa não só um ambiente delimitado e altamente competitivo para a veiculação das campanhas, mas também um agente de representação da política na esfera pública. Tanto a centralidade da mídia impressa e televisiva quanto a dependência do formato midiático assumida pelo discurso político reforçam a tese que trata de ver as campanhas eleitorais como “eventos de comunicação” Poder da mídia
Aliado à personalização da política e à volatilidade dos partidos é que o papel dos meios de comunicação no processo eleitoral ganha relevância, sobretudo a centralidade da televisão em relação aos outros meios. A Rede Globo, por exemplo, detém mais da metade da audiência do país. Nos Estados Unidos, apesar da tendência a fusões entre grandes corporações de comunicação, a audiência da televisão aberta vem se pulverizando, desde o surgimento de uma quarta competidora (a Fox), em um cenário antes dominado por apenas três grandes redes (CBS, ABC e NBC). Em ambos os países e na Europa, o noticiário de televisão é mais importante do que a imprensa escrita como fonte de informações.
No caso do Brasil e de outros países da América Latina, o pesquisador lembra que é preciso levar em conta a combinação entre a grande penetração da mídia eletrônica de massa - em níveis que se aproximam aos dos países desenvolvidos - com a precária cobertura da educação, que muitas vezes cumpre mal sua tarefa de socialização de conhecimentos e exclui um largo contingente da população. Essa grande penetração da