Eleitos
“Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas
Ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10.26, 27)
Na busca pela compreensão da verdade divina a partir da Sua soberana vontade, nos deparamos com a doutrina bíblica da eleição (ver Ef 1.4; Rm 8.28,29; Jo 6.44, 65). Deus, em sua livre vontade, escolheu alguns dentre todos os homens que estavam “mortos em seus delitos e pecados” (Ef 2.1-5), para serem salvos de sua ira.
Jesus chama tais escolhidos de: “minhas ovelhas” (Jo 10.27), “aqueles que o Pai me dá” (Jo 6.37). E também afirma que: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair” (Jo 6.44). Nenhum outro entendeu e ensinou melhor os pressupostos da eleição, do que o próprio Filho de Deus. Paulo, Calvino e o demais defensores da mesma, foram apenas fieis aos ensinos do Mestre.
Por quê a maioria das pessoas são tão avessas a doutrina bíblica da eleição? Em busca de respostas claras devemos nos reportar aos seguintes pontos:
Um dos principais motivos (se não o maior) para tal aversão é o fato de os pecadores (todos os homens) não reconhecerem seu estado de total depravação e morte espiritual (ver Rm 3.9-18). Por esta razão, erroneamente se acham merecedores do amor divino. Todavia, a manifestação do mesmo é fruto da livre e soberana manifestação da graça e misericórdia divina, e não dos desejos humanos.
A Bíblia nos mostra que apenas os eleitos são quebrantados e se arrependem de seus pecados, pois o Espírito que neles habita os convence da total miséria e necessidade da misericórdia divina. Estes são aqueles que o “Pai entrega aos cuidados de Jesus” (ver Jo 6.37), a fim de que o Supremo pastor os guarde até o fim.
Outro elemento comprobatório da aversão à doutrina da eleição dos santos é a incompreensão da soberania divina. Embora a maioria dos denominados cristãos afirmem que Deus é soberano, na pratica se verifica o contrario. Julgam tal domínio apenas para