Elasticidade

A ELASTICIDADE refere-se ao tamanho do impacto que a alteração de uma variável exerce sobre outra variável, tudo mais constante. Diz-se que uma variável é mais ou menos elástica quando responde acentuadamente a pequenas mudanças de outras variáveis, e mais ou menos inelástica quando responde pouco ou nada a mudanças dessas mesmas outras variáveis. Nenhuma das duas definições é estanque, isto é, uma variável só pode ser considerada pelo seu grau de elasticidade quando comparada a outra, assim como um bem não pode por si só ser considerado elástico ou inelástico sem uma comparação devida com outras variáveis, por exemplo:
Quando aplicada à relação entre variações da renda de um consumidor e as variações de demanda por um ou mais bens, chama-se Elasticidade demanda-rendimento, e é positiva para bens normais e negativa para bens inferiores. O que significa dizer que um consumidor é diretamente inclinado a demandar bens normais na medida em que sua renda aumenta, e inversamente a bens inferiores, coeteris paribus.
Quando aplicada à sensibilidade da demanda por um ou mais bens face às suas variações de preço, chama-se Elasticidade-preço da demanda, e é positiva para bens de Giffen e negativa para bens comuns, isto é, quanto mais alto o preço de um bem, tudo mais constante, menor será a demanda por este bem. Considera-se determinantes da elasticidade-preço da demanda:
A essencialidade do bem – Porque quando considerado essencial, a demanda por um bem permanece estável mesmo com variações significativas no seu preço;
A possibilidade de substituição – Pois a existência ou não de bens que satisfaçam as mesmas necessidades que o bem procurado é determinante na sua substituição em face de variações no preço do bem;
A periodicidade de aquisição – Que daria aos consumidores de um ou mais bens tempo para conhecer ou buscar substitutos;
A proporcionalidade do bem em relação ao orçamento – Pois quanto maior for o peso do bem no orçamento do consumidor, maior será sua