Elabore uma pesquisa sobre o conceito de inovação aplique a vinte pessoas em diferentes faixa etarias
Por outro lado, a ideia de inovação do programa não é boa em vários sentidos. Ela tem um pressuposto de que o que é novo é bom – e não é necessariamente assim. A ideia de renovação tem alguns problemas. Não se pode associar necessariamente a novidade a algo bom; pode não ser, principalmente quando o que é novo descarta questões ou experiências tradicionais, consolidadas e importantes.
A proposta desse programa surgiu no contexto que foi chamado de “o apagão no ensino médio”, devido às baixas notas do Brasil nas avaliações internacionais. O problema da qualidade do ensino médio estaria [de acordo com o projeto], na obsolescência dos seus currículos, que não despertariam interesse nos alunos, que, por isso, não se comprometeriam a estudar e não teriam o desempenho adequado.
Observatório – Segundo o MEC, o Ensino Médio Inovador quer tornar esta etapa do ensino mais atraente aos alunos. Ele tem cumprido este papel?
Ramos – Há uma certa lógica, tanto no Ensino Médio Inovador quanto no ensino profissionalizante de que o jovem não se interessa pela escola e que temos de torná-la mais interessante. Acho um senso comum falso, usado inclusive nos argumentos dos governos.
Veja que isso não é um problema da burguesia. Nos melhores colégios do Rio de Janeiro, os jovens não querem sair da escola porque ela é desinteressante, porque elas trabalham com conhecimento científico. Às vezes me parece uma leitura insuficiente da realidade.
Dá uma falsa ideia de que a escola interessante é a escola do lúdico, que fomenta o protagonismo juvenil, ou no sentido oposto, boa é a que prepara pra o mundo do trabalho. Para mim, a boa escola é a que proporciona ao jovem o acesso ao conhecimento.
O âmago da questão é colocar que há