A partir da leitura do artigo Diferenciais socioeconômicos na realização de exame de urina no pré-natal, pode constatar que, os autores tinham como principal objetivo evidenciar a importância da realização desse exame de rotina durante a gravidez, devido ao risco de infecção do trato urinário na gestante, i que é considerado uma importante causa de parto prematuro e morbidade neonatal. O principal objetivo do estudo destacado pelos autores foi a análise de fatores associados à solicitação de exames de urina durante a gestação. No ano de 2004 foi realizada uma entrevista com mais de 4 mil gestantes que realizaram o pré-natal, residentes no município de Pelotas no RS, a respeito da realização do exame de urina. Foram observados algumas variáveis socioeconômicas, demográficas e de atenção no pré-natal na maioria das mulheres que não haviam realizado o exame. Verificou-se que as gestantes de classe social mais baixa, negras, solteiras, de baixa escolaridade e que tinham suas residências em lugares mais afastados do centro, foram as que tiveram maior chance de não realizar o exame de urina. Embora, a prevalência da não realização do exame de urina tenha sido de 10 % entre as gestantes pobres, negras, e de baixa escolaridade esta prevalência foi de apenas 0,4 em gestantes brancas, ricas e escolarizadas. A partir desse estudo realizado com mulheres grávidas, pode-se concluir que, embora o exame de urina seja de extrema importância durante a gestação para evitar complicação durante a gravidez e também para o bebê recém nascido, 3% dessas mulheres não realizaram o exame. Segundo as pesquisas a realização desse exame de urina pode servir como um indicador de qualidade do atendimento pré-natal, revelando, assim que mulheres negras, pobres, de baixa escolaridade e sem companheiro devem receber uma melhor orientação sobre isso, sendo público alvo de ações específicas para obtenção de maiores e melhores cuidados durante a