El cabo del cañon

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO: ESTUDOS LATINO-AMERICANOS: FICÇÃO E HISTÓRIA
DISCENTE: ROVILSON SANCHES PORTELA Nº USP: 7618804

Análise do conto El cabo del cañon

El cabo del cañon é um conto de 1898, escrito pelo chileno Antônio Bórquez Solar que descreve a relação amorosa entre Juan, um marinheiro chileno embarcado no navio Esmeralda durante a Guerra do Pacífico e o canhão que este estava encarregado de operar. O relato descreve primeiro um momento de paz em que são apresentados os personagens (marinheiro e canhão), os cuidados do primeiro com o segundo para em seguida descrever a batalha que sua embarcação participa contra dois navios peruanos, tendo como resultado a destruição do canhão e a morte da maior parte dos chilenos, inclusive o personagem principal do conto.
A Guerra do Pacífico ou Guerra do Guano e Salitre, confronto em que o conto se desenrola ocorreu entre 1879 e 1883 tendo como nações beligerantes o Chile, que desejava avançar seu território para o norte e ocupar regiões onde se explorava o guano, um fertilizante advindo de excrementos de aves depositadas no litoral da região ao longo de milênios, a Bolívia, que desde a época das independências controlava esse território, e o Peru, que tinha uma aliança militar de mútua ajuda com o bolivianos. A ocupação chilena do território em disputa se deu com relativa facilidade, dado à fragilidade das tropas da Bolívia, mas a guerra ainda se arrastou por alguns anos devido ao enfrentamento entre chilenos e peruanos, inclusive com a ocupação de Lima até a assinatura do Tratado de Ancón em 20 de outubro de 1883. Ao final, a Bolívia perdeu a atual região de Antofagasta, ficando sem uma saída para o mar e o Peru perdeu a maior parte das regiões de Arica, Tacna e Tarapacá.
A corveta Esmeralda, um já antigo navio de guerra fabricado na Inglaterra, efetivamente participou da Guerra do Pacífico, sendo afundado em 21 de maio de 1879