EJA
Portanto devemos, inicialmente, conhecer a perspectiva histórica do direito à educação para jovens e adultos, examinando o cenário internacional, para depois percorrer o tempo histórico no Brasil, observando como esse direito foi se manifestando nas políticas educacionais;
Arroyo (2011) propõe alternativas para uma nova configuração da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Brasil, buscando superar os antecedentes históricos nessa área específica do campo educacional. Ele defende a necessidade de se reconfigurar a educação de jovens e adultos como campo de responsabilidade pública, como campo de direitos sociais e políticos, além de escolares. Isso não significa apenas inserir jovens e adultos no sistema escolar, e sim refletir sobre a juventude e a vida adulta enquanto “tempo de vida” com suas diversidades e experiências acumuladas que precisam ser incorporadas ao currículo da EJA. Ou seja, trata-se de olhar de forma mais abrangente, enxergando lacunas sociais.
Entende-se jovens e adultos como “sujeitos coletivos de direitos” sociais, raciais, étnicos, políticos e culturais, que necessitam menos de um campo de “ensino” e mais de “formação/educação”, porém esse reconhecimento se rompe com olhares negativos e moralistas.
A história do Movimento de Educação Popular ajuda a mudar a EJA, ajudando a partir de uma visão realista de jovens-adultos. Ou seja, dos limites que a sociedade impõe aos oprimidos. Uma proposta da EJA deve ser trabalhar com os saberes acumulados ao longo das trajetórias de vida. A pedagogia da EJA terá que redefinir suas crenças, focando suas vivências, culturas, valores.
A história da EJA nunca foi levada tão a sério. No entanto, é preciso observar que “a EJA não foi inventada para fugir do sistema de ensino, mas porque