eja e alunos
Um pouco da História
Segundo (SOARES e GALVÃO, 2004) a educação de adultos existe desde o período colonial. Pode-se dizer que a mesma ocorria juntamente com a educação e catequese das crianças indígenas, sendo assim realizada com índios adultos e por parte dos jesuítas que apreendeu a língua desse grupo para catequiza-los e educa-los.
A prioridade do trabalho educativo era dado para as crianças devido ao fato de se acreditar que os adultos já eram cheios de vícios e “paixões bárbaras”, enquanto as crianças seriam a nova geração católica e poderiam ser agentes multiplicadores diante de seu grupo. Isso porém não impediu a educação de muitos indígenas adultos. Apesar dessa intensa mobilização dos Jesuítas não há indícios nem registros de educação/alfabetização de mulheres, independente de qual grupo pertenciam, nesse período (SOARES e GALVÃO, 2004).
Enquanto no período da colonização não havia nenhuma preocupação em institucionalizar a escola, no período imperial essa preocupação é forte no Brasil, e em meio à definições de tempo, espaços, saberes e materiais escolares – para a instrução primária e secundária para crianças – é formulada, especificamente, a instrução para jovens e adultos das camadas denominadas “camadas inferiores da sociedade”. Um dos objetivos dessa instrução era a civilização desse grupo, principalmente na área urbana, e a correção da dicção, considerada “errônea”, através das aulas de língua materna.
Para garantir a especificidade da instrução de jovens e adultos e a civilização das camadas inferiores a escolha de conteúdos era diferenciada em relação à instrução das crianças e em relação ao gênero (homem/mulher). Na instrução dos adultos havia a leitura explicada da constituição do império e suas principais leis, das leis da guarda nacional e do código criminal. Quando havia aulas para as mulheres, pois as turmas eram separadas por gênero (turmas de homens/ turmas de mulheres), acrescentava-se ainda aulas sobre prendas