Eixos centrais das visões de sócrates, karl marx e kant sobre a ética
Socrátes
A ética socrática reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, a filosofia de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do coletivo sobre a ética do individual. Neste sentido, para esse pensador, a obediência à lei era o limite entre a civilização e a barbárie. Segundo ele, onde residem as ideias de ordem e coesão, pode-se dizer garantida a existência e manutenção do corpo social. Trata-se da ética do respeito às leis,e, portanto, à coletividade.
Karl Marx
Marx considera que a ética, como qualquer outra componente da superestrutura, é condicionada e determinada pelo modo de produção dominante. Em conformidade, defende que "não é a consciência dos homens que determina a sua natureza, mas, pelo contrário, é a sua natureza social que determina a sua consciência. Num certo grau de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que não passa da sua expressão jurídica, com as relações de propriedade no interior das quais até então se tinham movido. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, essas relações tornam-se obstáculos a essas forças. Inicia-se então uma época de revolução social. Com a modificação das bases econômicas, toda a colossal superestrutura é mais ou menos transformada. Quando consideramos semelhantes transformações, devemos sempre distinguir entre a destruição material das condições econômicas da produção - verificáveis por meio das ciências da natureza -,e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, em resumo, as formas ideológicas, através das quais os homens tomam consciência deste conflito e o solucionam". A superestrutura, ou seja, o direito,