Eikelândia O Açu é um caso sério, mas parece brincadeira. Porto deve ser coisa sólida, mas para Eike mudar de lugar, conforme os bons ventos e dinheiro do BNDES. Tentou fazer o porto de Biguá no litoral de Santa Catarina perto de Florianópolis e deu com os burros na água, por problemas ambientais. Mas como é possível se ele é o próprio meio e o ambiente? Mudou para o litoral sul paulista justamente onde o Brasil começou com Martim Afonso de Sousa, em Peruíbe. Quanta injustiça! Novamente, por problemas ambientais, a vaca foi para o mangue, com os indígenas batendo o pé no local, não querendo serem expulsos de sua Reserva. Gorou igual ovo de galinha, mas antes de botar. Agora vai matar a galinha de ovos de ouro no Superporto do Açu. Não conhece a língua do índio, pois só fala a do nosso tutu, mas vai lá a lição. Eikê no tupi guarani quer dizer embarcar-se e açu grande. Alguém escolheu tão bem seu porto seguro que foi exatamente no pior lugar, em uma praia grande, isso mesmo praia de açu. O homem dos números vai ter de matar essa charada: Eikê Açu! Lugar fácil de índio ancorar suas pirogas e embarcar-se. Mar raso, com levíssima inclinação no nível abaixo do mar. É preciso avançar até três quilômetros mar adentro para cair apenas 18 metros. Suficiente para ancorar um navio do padrão do canal do Panamá, com este calado para atracar navios de médio porte 80.000 toneladas. Mas nosso homem de ouro e ideias mirabolantes quer ir lá longe da costa offshore, em alto mar, mas sujeito a ventos, trovoadas e tempestades constantes, maresia e a baixa profundidade, que segundo a visão de 360°, basta dragar e abrir um canal artificial no fundo do mar, para operar navios Chinamax, para 400 mil toneladas. Desafiar Poseidon e Plutão, só com a ajuda de Mercúrio, mas Eike deixou o metal líquido, que tinha, nas terras arrasadas da Amazônia. Delfos, no templo do nosso Apolo de olhos azuis, deu-lhe um castigo de Sísifo, só que em vez do nosso homem da pedra subir com ela na montanha,