Egito
A civilização ocidental considera que a ciência, entendida como um produto do pensamento abstrato, surgiu na Grécia. Contudo, culturas mais antigas, como a egípcia, também tinham um amplo saber científico, apesar de o obterem da prática diária. (ao lado o Papiro de Rhind)
Os vestígios por meio dos quais se conhece a civilização egípcia falam de uma sociedade que soube erguer grandes construções sem a ajuda de máquinas e que durou por mais de 3000 anos graças a um cuidadoso controle dos recursos. Uma cultura que conseguiu tais proezas tinha de possuir amplos conhecimentos de disciplinas como a álgebra e a geometria. O bom funcionamento da economia do país se fundamentava em uma ciência matemática desenvolvida de forma empírica (experiência). A descoberta de diversos papiros sobre o tema permite saber que dominavam duas das quatro operações aritméticas básicas:
somar e subtrair, mas também multiplicavam e dividiam
No entanto, os seus conhecimentos não ficavam nisso, também realizavam cálculos matemáticos mais complexos, como as equações de primeiro grau.
– A matemática era aplicada a vários aspectos da vida cotidiana:
No campo administrativo, a geometria servia para restabelecer as fronteiras entre os diferentes sepatu em que o país estava dividido. Também permitia que se restabelecessem os limites das explorações agrícolas quando aqueles desapareciam anualmente devido às cheias do Nilo. A aritmética ajudava a calcular os recursos de que se dispunha e a estabelecer os impostos que a população devia pagar. Dessa forma, o Estado podia fazer face às variações das cheias do Nilo e proporcionar alimentos aos súditos quando as inundações provocassem más colheitas. Nas construções, a criação artística e a cartográfica, os arquitetos sabiam calcular a área do quadrado, do retângulo, do triângulo e do círculo, assim como o volume de várias figuras geométricas, em