Egiptomania

Egiptomania Passados mais de seis milênios de existência, a civilização egípcia ainda está presente ao redor do mundo. Considerada uma das civilizações mais valorizadas e cobiçadas no mundo todo, ela é facilmente notada no cotidiano através de aspectos como na arquitetura faraônica, representada pelas pirâmides e obeliscos, nos métodos de construção ou até mesmo nos objeto típicos do cotidiano deixados por essa tão exuberante civilização. O Antigo Egito exerce um grande fascínio e interesse sobre a humanidade, manifestando assim uma prática por valores e gostos da cultura egípcia. Tal prática refere-se ao uso de elementos egípcios em outros contextos, atribuindo a eles novos usos e significados, conhecido por egiptomania, a qual possui três ícones principais: esfinge, obeliscos e pirâmide, sendo este último um dos símbolos mais corriqueiros da egiptomania. Esse fenômeno, que é a apropriação e a reutilização de traços da cultura do Egito Antigo, dando-lhes muitas vezes, novos significados, não foi uma exclusividade do século XIX, podendo ser apresentado como uma prática milenar, o que testemunha o interesse pela Terra dos Faraós desde tempos muito antigos. A egiptomania se desenvolveu inicialmente na Europa, especificamente em território romano, quando surge, primeiramente na forma de culto a Ísis e Serápis, que foram incorporados em finais da República Romana e, posteriormente, pela anexação de elementos egípcios à sua arte. Caius Cestius, nobre romano, mandou erguer o seu túmulo em forma de pirâmide, entre os anos de 15 e 12 a.C. Tal pirâmide, localizada em Roma, possui 36,58m, e foi construída em tijolo e cimento, sendo recoberta com mármore. O próprio imperador Augusto (27 a.C. – 17 d.C.) teve um particular interesse sobre o Egito, sendo o primeiro a transportar monumentos e obeliscos egípcios para Roma. Durante a Idade Média, o Antigo Egito foi esquecido. Somente a partir da expedição cientifica e militar enviada por Napoleão Bonaparte ao país, no