efeitos fisiologicos do exercicio na agua
No que diz respeito às respostas cardiocirculatórias à imersão, temos duas situações diferentes a considerar:
1. Como vários autores demonstraram, imediatamente após a imersão, como conseqüência da ação da pressão hidrostática,
700 ml de sangue são deslocados dos membros inferiores para região do tórax, causado um aumento no retorno venolinfático, e ocasionando um aumento de 60,0 % do volume central. A pressão intratorácica aumenta de 0,4 mmHg para 3,4 mmHg e a pressão no átrio direito aumenta de 14,0 mmHg para 18,0 mmHg. A pressão venosa central aumenta de 2,0 a 4,0 mmHg para 3,0 a 16,0 mmHg, sendo que a pressão arterial pulmonar aumenta de 5,0 mmHg no solo para 22,0 mmHg em imersão. O débito cardíaco
(volume sangüíneo x a freqüência cardíaca) aumenta de 30,0 % a 32,0% associados a uma diminuição de aproximadamente 10 batimentos por minuto ou de 4,0 % a 5,0 % da freqüência cardíaca em bipedestação no solo (DENISON et al., 1972; HALL et al.,
1990; GREENLEAF, 1984, BOOKSPAN, 2000; BECKER & COLE, 1997).
2. Parte das alterações cardiocirculatórias decorrentes da imersão são atribuídas ao reflexo de mergulho, que inclui bradicardia, vasoconstrição periférica e desvio de sangue para órgãos vitais. O reflexo de mergulho ocorre em situações significativamente diferentes como, molhar a face, imergir o corpo com a cabeça fora da água e imersão total com apnéia. Nos homens é conseqüência da interação e competição de vários fatores mecânicos e neurais (RUOTI et al., 1997).
1b. Efeitos da imersão no sistema respiratório
As alterações na função respiratória são desencadeadas pela ação da pressão hidrostática de duas maneiras diferentes
(BECKER & COLE, 1997; TIPTON & GOLDEN, 1996; AGOSTONI et al., 1966):
- aumento de volume central
- compressão da caixa torácica e abdome
O centro diafragmático desloca-se cranialmente, a pressão intra-torácica aumenta de 0,4 mmHg para 3,4 mmHg; a pressão transmural nos grandes