Efeitos do capitalismo emergente
A burguesia industrial, com sua primeira revolução no território europeu, mudava o cenário político existente. Ao contrário do antes Estado forte e controlador, o liberalismo toma-se dominante, com destaque, dentre suas características, com a não intervenção do Estado na economia, aliada à livre concorrência, busca de novos mercados consumidores e da matéria prima nos países subdesenvolvidos.
Quanto ao método de produção, este sofreu as mais bruscas mudanças. O desenvolvimento das ciências e o surgimento da maquina a vapor, em conjunto com o desenvolvimento dos transportes para a circulação de mercadorias fez com que uma produção que antes era artesanal e visava o mercado interno torna-se dependente de máquinas e de uma linha de produção, expande suas matérias-primas e seus mercados. A Indústria e o modelo fordista tomam conta então da produção, e a quem caberá o exaustivo trabalho de sustentar o crescimento exacerbante dessa produção, senão a nova classe que começara a surgir, o proletariado?
Esse período se caracterizou pelo qual a distinção de classes era extremamente nítida. O reconhecimento da existência de uma luta entre essas se deu principalmente através do surgimento do socialismo, ideologia que defendia a classe trabalhadora, em contraposição à ideologia burguesa liberal, que colocava os donos dos bens de produção no poder. Essa luta advém da superexploração do trabalhador nas indústrias, que, sem direitos trabalhistas, trabalhava longuíssimas horas seguidas, com remuneração extremamente precária. O trabalho infantil e feminino era também presente nas mesmas condições. Além disso, a desvalorização da agricultura provocou o êxodo urbanização