Efeitos do alcool
O alcoolismo é definido como o uso prolongado e excessivo de ETANOL, levando o usuário a uma síndrome de dependência.A evolução clínica progressiva é marcada por episódios repetidos de embriaguez, seguidos geralmente por característicos sintomas de abstinência, e por períodos de interrupções do uso de álcool. O CID-10 define Síndrome de Dependência como um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcançam uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor. Uma característica descritiva central da síndrome de dependência e o desejo (freqüentemente forte, algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas (as quais podem ou não ter sido medicamente prescritas), álcool ou tabaco. Pode haver evidência que o retorno ao uso da substância após um período de abstinência leva a um reaparecimento mais rápido de outros aspectos da síndrome do que o que ocorre com indivíduos não dependentes.
FARMACOLOGIA DO ETANOL
O Etanol é geralmente ingerido numa concentração de 5% (cerveja), 10 a 12% (vinho), 20 % (vinhos encorpados) e 42 a 45% (cachaça, vodca, whisky e outras destiladas). Os principais efeitos da bebida devem-se ao teor de etanol propriamente dito, que é rapidamente absorvido pelo estômago e intestino, passando para a corrente sanguínea, o que explica a sua rápida ação farmacológica. Alem disto, é rapidamente metabolizado de modo que uma dose moderada geralmente desaparece do sangue em cerca de uma hora. Sua absorção e decomposição metabólica fazem do álcool uma droga de ação rápida, porém de curta duração.
Devido a sua capacidade hidrossolúvel, o etanol se difunde rapidamente para todos os compartimentos aquosos do corpo humano (extracelulares e intracelulares), de modo que as concentrações sanguíneas do etanol refletem diretamente as concentrações do composto em todo o corpo. Cerca