Efeito das drogas no cognitivo
O consumo crónico de estupefacientes, mesmo de drogas leves, provoca alterações permanentes de personalidade e deterioração das funções cognitivas, segundo estudos desenvolvidos na Universidade da Beira Interior (UBI).
A equipe, liderada pelo professor de Neuropsicológico Luís
Maia, constatou que consumidores crónicos de drogas manifestam alterações de personalidade que os tornam mais irresponsáveis, mais irritáveis, impulsivos, egocêntricos e com tendência para cometer atos ilícitos, violência familiar e comportamentos de risco. No que diz respeito às funções básicas da mente, como a memória, atenção, concentração, os dados são ainda preliminares, mas remetem para um "forte indicador de prejuízo funcional nas capacidades intelectuais de toxicodependentes crónicos".
No entanto, a deterioração cognitiva pode ser evidenciada logo numa fase inicial de consumo, principalmente se o tipo de substâncias estiver dentro da classe das psicodislépticas, ou seja, “capazes de produzir processos psíquicos como a desrealização, despersonalização, problemas de memória e atenção ou concentração, delírios e alucinações, entre outras". Estão dentro desta classe o MDMA, vulgo ecstasy, o
LSD, a heroína e a cocaína.
• Os consumidores crónicos de bebidas alcoólicas
apresentam alterações marcadas das funções cognitivas, desenvolvendo, por exemplo, doenças como demência alcoólica, que impede a pessoa de ter qualquer nova memória de qualquer novo evento. • As drogas que atuam sobre o sistema nervoso central são as chamadas "psicotrópicas".
Drogas psicotrópicas são, portanto, aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando nossa maneira de pensar, sentir ou agir. E classifcam-se em três categorias.
• As depressoras diminuem a atividade cerebral, ou seja, deprimem seu funcionamento e,. A pessoa que faz uso desse tipo de droga fica
"desligada", "devagar", "flutuando". São exemplos delas o álcool, os soníferos ou hipnóticos, os ansiolíticos, os