Efeito da Radiação Ionizante sobre o Paladar em Pacientes Submetidos à Radioterapia para a Região de Cabeça e Pescoço
Radioterapia para a Região de Cabeça e Pescoço.
NUNES, Elizangela1. MOREIRA, Juliane1. ARAUJO, Lorena1. COSTA, Raidan1,GUIMARÃES,Sâmya1.
MOURA, Valéria1. MONTE, Maria2.
INTRODUÇÃO
Ultimamente, a incidência do câncer na região de cabeça e pescoço tem se dissipado com grande intensidade não apenas na população brasileira, como também mundialmente, tornando-se um grave problema para a saúde humana, pois sem o tratamento adequado poderá ocasionar graves sequelas ou até mesmo o óbito.
O câncer de cabeça e pescoço compreende todos os carcinomas originários do epitélio mucoescamoso, desde o lábio, cavidades oral e nasal, faringe, até a laringe e ouvido médio. (PARKIN at al. 2001; citado por SANTOS at al. 2011).
Assim como em outras partes do corpo humano, os efeitos biológicos da radiação ionizante nas estruturas da cavidade bucal variam de acordo com o tamanho da área irradiada, adose, o tipo e o ritmo de aplicação da radiação, bem como com o estágio de desenvolvimento do tecido irradiado. No desenvolvimento das papilas gustativas, estes efeitos são desde pequenos retardos no crescimento, até a total destruição delas. (SILVA; GALANTE; MANZI,
2011).
A radioterapia tem sido utilizada no tratamento das lesões malignas de cabeça e pescoço, com melhora significativa da sobrevida dos pacientes, mas está relacionada a reações adversas que afetam a qualidade de vida dos pacientes a ela submetidos, o que pode alterar a evolução do tratamento. A incidência dessas reações depende da dose/ frequência da radioterapia, local irradiado, idade e condições clínicas do paciente e dos tratamentos associados.
De acordo com SAWADA et al. 2005, injúrias agudas produzidas pela radioterapia são observadas em vários desses tecidos, tais como: mucosite, diminuição do paladar, xerostomia e descamação da pele. Efeitos tardios podem ocorrer, tais como: ulceração da mucosa, lesões vasculares, atrofia dos tecidos, perda ou mudança