Edward Tolman
Ao contrário de Thorndike e Watson, Tolman tinha um interesse além da metodologia básica de behaviorismo (estudo por meio de experiências científicas e objetivas) que era o de teorias sobre processos mentais como percepção, cognição e motivação (Gestalt). Sendo assim, unindo essas teorias, criou uma nova modalidade de condicionamento denominado “behaviorismo intencional”, conhecido hoje como “behaviorismo cognitivo”.
Diferentemente do condicionamento comum (S>R), para Tolman, os animais poderiam aprender um comportamento sem a necessidade de um reforço. Para esse estudo ele concebeu uma série de experiências com ratos em labirintos para analisar o papel do reforço. Os ratos foram divididos em três grupos: ratos que eram recompensados diariamente com alimento quando conseguiam se mover no labirinto, ratos recompensados após seis dias e os que eram alimentados após dois dias. Foi observado que o segundo e terceiro grupo cometeu menos erros no dia seguinte à conquista da recompensa, demonstrando que aprenderam a solucionar o labirinto antes do reforço.
Logo, quando a recompensa era oferecida, os sujeitos experimentais usavam o “mapa cognitivo” que construíram antes para percorrer o caminho mais rápido. Tolman definiu como “aprendizagem latente” o momento inicial de aprendizagem, no qual não havia uma “recompensa óbvia” à vista, para ele os animais constroem um mapa cognitivo ao longo das suas vidas cotidianas (labirinto criado por Deus) que posteriormente auxiliam na localização de seus objetivos específicos, experimentos posteriores apontaram que os ratos aprendiam com isso a ter um senso de localização.
Tópicos: Edward Tolman: behaviorismo cognitivo Condicionamento sem necessidade de reforço “Mapa cognitivo” “Aprendizagem latente”