Edward Carr resumo
Emilyn Almeida Machado
VINTE ANOS DE CRISE 1919-1939, por E. H. CARR (CAPÍTULO V) Sendo um grande historiador, Edwad Hallet Carr ficou bastante conhecido no mundo das Relações Internacionais. Estudou na faculdade de Cambridge, e teve como o início de sua carreira a diplomacia, sendo conhecido pelo seu trabalho sobre a união soviética e movendo-se por seus ideais esquerdistas e sua preocupação pelo estudo das relações internacionais, resolveu seguir a carreira acadêmica. Assim sendo, também se tornou jornalista e publicou algumas obras, entre elas “20 anos de crise – 1919-1939”, que será analisada nessa resenha crítica.
Retomando ao capítulo anterior, o autor inicia sistematizando o fato de o realismo ter se consagrado muito tempo após a utopia e foi uma reação contra a mesma. Antigamente o bem político era considerado idêntico ao bem moral, foi só com o fim da Era Medieval que houve a separação entre a teoria política e prática política. Sendo um dos primeiros importantes pensadores realistas, Maquiavel procura a verdade real invés da imaginação, dando espaço a três princípios essenciais que serão listados nessa resenha. Primeiramente, a história é uma sequência de causa e efeito que pode ser entendida através do esforço intelectual e não pela imaginação. Em segundo lugar, diferentemente do que os utópicos pensam, não é a teoria que cria a prática, e sim o inverso. Terceiramente, a ética é uma função da política. Maquiavel foi levado a sério pelos teóricos após ser evidenciado que suas teorias eram botadas em prática por muitos políticos. Segundo Spinoza, os estadistas práticos contribuíram mais para a política do que os teóricos, pois esta deve ser feita através de experiências. O realismo moderno, segundo Carr, incorporou à sua filosofia a crença no progresso. Assim sendo, tornando-se cada vez mais dinâmico e relativizado, tirou um pouco do caráter pessimista da teoria Maquiavélica e trouxe ao realismo um caráter determinista.