Educação
A RÃ E A RAPOSA
A raposa foi um dia beber água à beira de um regato. A rã que por ali perto estava mergulhada, mas conservando a cabeça de fora, coaxou.
Sai-te daí, disse a raposa, senão eu te engolirei de um trago!
Ora! deixa-te de fanfarronadas, raposa! Estás com estes ares de rainha, porque pensas que corres muito, e no entanto eu sou capaz de te passar.
A raposa pôs-se a rir daquela tola pretensão, mas como a rã insistisse, falou:
Pois bem! façamos uma aposta e vamos ver quem chega primeiro daqui à cidade vizinha.
Combinado tudo, cada um dos dois irracionais escolheu lugar da partida.
A rã, porém, apanhando a raposa descuidada deu um pulo sobre ela, escondeu-se na sua cauda comprida e cheia de pelos.
Corria velozmente a raposa, e no fim de pouco tempo chegou à cidade vizinha.
Aí não viu a rã; e voltando-se para ver se lhe pressentia a chegada, a rãzinha aproveitou e saiu do seu esconderijo, saltando ao chão.
— Eh! raposa! — gritou ela, — agora é que estás chegando? Pois eu venho de volta.
A outra, assim enganada, confessou que perdera a aposta, ao passo que a rã, satisfeita da vida, teve proclamada a sua astúcia por todo o mundo.
(Pimentel, Figueiredo. Histórias da baratinha. Rio de Janeiro; Belo Horizonte, Livraria Garnier, 1994 (Biblioteca de
Autores Célebres da Literatura Infantil, 2), p.89-90)
VOCABULÁRIO
regato: pequeno rio. coaxar: soltar sua voz (rã, sapo). pretensão: presunção, vaidade. astúcia: manha, artifício.
Agora, responda.
a) Quais são os personagens do conto?
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b) O que a rã fez para provocar a raposa?
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c) Qual foi a aposta feita pelos animais?
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d) Escreva como a rã chegou até a cidade.
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e) Quem você acha que foi mais esperto nesse conto: a rã ou a raposa? Justifique.
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