EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA
A Teoria das Formas de Platão
Ronald H. Nash
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
O cerne da filosofia de Platão é sua teoria das Idéias, ou Formas. Platão acreditava que os seres humanos participam de dois mundos diferentes. Um desses é o mundo físico que experimentamos através dos nossos sentidos corporais. Nosso contato como o mundo inferior2 se dá através dos nossos sentidos corporais, como ao ver ou tocar coisas particulares como rochas, árvores, gatos e humanos. As coisas físicas que existem no mundo inferior existem no espaço e tempo.
O outro mundo no qual participamos é mais difícil de descrever, um fato que ajuda a explicar o porquê o ensino de Platão é tão estranho para muitos de nós. O mundo superior é composto de essência imaterial e eterna que apreendemos com nossas mentes. O mundo ideal de Platão (algumas vezes chamado de o mundo das Formas) é mais real para Platão que o mundo físico, na medida em que as coisas particulares que existem no mundo dos corpos são cópias, ou imitações, dos seus arquétipos, as Formas.
Mundo Superior —
Formas
Mundo Inferior —
Particulares
— Sem Espaço ou tempo
— No Espaço e tempo
Para Platão, uma Forma é uma essência eterna, imutável e universal.
Algumas das Formas de Platão são relativamente fáceis de entender. Ele acreditava que o que encontramos no mundo físico são exemplos imperfeitos de absolutos imutáveis tais como Bondade, Justiça, Verdade e Beleza que existem num mundo ideal, não-espacial. Platão também acreditava que o mundo das Formas contém exemplares de entidades matemáticas e geométricas como números e o círculo perfeito. Os círculos imperfeitos que encontramos no mundo físico são cópias do círculo perfeito e eterno que conhecemos através das nossas mentes. Seria um engano pensar que Platão acreditava que as Formas existem somente nas mentes das pessoas. O ponto na sua teoria é que essas Formas têm uma existência objetiva ou extra-mental.
Elas existiriam