educação e trabalho

Educação no trbalho

Numa sociedade baseada na economia capitalista a função primordial da educação formal é a socialização para o trabalho, portanto, não se pode discutir os processos educativos formais sem compreender o mundo do trabalho. Na dinâmica existente entre a escola, a formação e o trabalho permeiam alguns elementos que se manifestam nas relações de produção. Um destes elementos é o perfil de trabalhador que o mercado requer, condicionando a formação dos indivíduos ao preenchimento destes requisitos.
Nesse sentido, a noção de qualificação orientou, por muito tempo, as ações pedagógicas nas instituições escolares. No entanto, a reestruturação produtiva e a globalização vêm dando uma nova configuração ao sistema econômico mundial com reflexos nas esferas política, social e cultural. Diante disso, surgem novas exigências para a formação do trabalhador baseados nos princípios da autonomia e criatividade, manifestando a noção de competência. No presente artigo é exposta uma discussão que teve como principal objetivo refletir sobre a relação entre o trabalho e a educação na sociedade capitalista, focalizando as mudanças ocorridas nos processos produtivos, a consolidação da noção de qualificação para se alcançar o emprego, a emergência da noção de competências e os seus desdobramentos no planejamento e execução das práticas pedagógicas no espaço escolar. Para tanto, foi necessário recorrer a bibliografia especializada no intuito de aprofundar a temática proposta. Concluiu-se que o trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas, ao longo dos anos, incorporou, na formação do trabalhador, elementos que se manifestavam nas relações de produção como a noção de qualificação e, mais recentemente, a de competência.
A espécie humana possui particularidades de suma importância em comparação com as demais espécies animais. Em um determinado momento histórico, o homem deixou de ser regulado por relações causais e por