Educação e Sexualidade
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A família na Educação Sexual
A família como instituição interliga muitos aspectos da vida do sujeito que vão do desenvolvimento biológico ao social. É dentro desse núcleo que entramos em contato com experiências primordiais para o desenvolvimento natural de nossa espécie, e por isso realizaremos aqui algumas considerações acerca deste tema.
Pensando na forma como nos constituímos, vamos nos direcionar a infância, que é a fase em que começamos a nos desenvolver. Desde o nascimento iniciamos a interação com o outro através do cuidado que é dispensado ao pequeno ser, o novo integrante da família.
“O recém-nascido é, inicialmente, um ser incapaz de distinguir uma 'coisa' de outra, separar o que é o seu próprio corpo do resto que o rodeia, não percebendo o que o rodeia como separado dele mesmo” (SPITZ,1979 in MIRANDA, 1999).
A infância é a fase da vida que estabelece as bases do desenvolvimento do homem, pois a criança passa por uma transformação, construindo os processos que estarão permanentemente presentes na sua história. Todo esse processo necessita da intermediação dos adultos para que garantam condições ambientais adequadas para que ela vá se tornando cada vez mais capaz de controlar seu corpo, andar, falar, conviver com outras pessoas, utilizar símbolos, alimentar-se, cuidar da higiene pessoal e realizar tarefas variadas – e não apenas isso, mas também que exista carinho e cuidado, um vínculo permanente que lhe inspire segurança, conforto, afeto e referência.
À medida que crescemos e aprendemos a nos diferenciar dos demais do nosso meio, começamos a delimitar os contornos da nossa personalidade, e o entendimento das coisas vai sendo influenciado por um circulo maior do que o familiar – surge aí a adolescência.
O adolescente aprende a pensar de outro modo, seu pensamento supera o nível da referência concreta e ganha a dimensão do abstrato, com base em conceitos e ideias. Esta nova capacidade o transforma e ampliam suas