educação e gênero
Segundo Guacira Lopes Louro (1997) e Joan Scott (1995), o conceito de gênero sofreu inúmeras modificações e transformações, passando a não se basear somente nas diferenças biológicas e sexuais e sim em variadas representações que os corpos adquirem no seu contato com a cultura. Nesse sentido, pode-se dizer que historicamente ocorreu uma construção de conceitos hegemônicos referentes à feminilidade e masculinidade, ou seja, comportamentos considerados adequados foram estabelecidos para cada um dos sexos no transcorrer da história. Com isso ocorre à constituição de uma determinada “identidade” de gênero.
Às vezes as questões de gênero parecem não ter relevância no âmbito educacional. E pesquisas sobre educação e gênero mostram que as instituições escolares são produtoras de diferenças, distinções e desigualdades. A escola possui mecanismos sutis que constroem e mantêm as diferenças entre os sexos, ensinando maneiras próprias de se movimentar, de se comportar e de se expressar. Guacira Lopes Louro (1997) destaca que os sujeitos não são passivos receptores de imposições externas. “Ativamente eles se envolvem e são envolvidos nessas aprendizagens — reagem, respondem, recusam ou as assumem inteiramente.”
Antes da disciplina Educação e Gênero meu olhar para as crianças durante a brincadeira era diferente, eu não via as questões de gênero que estavam ali presentes. Hoje observo que no recreio meninas e meninos dificilmente interagem, pois costumam praticar