Educação e diversidade
Curiosamente, o exagero do peso que o noticiário político merece em todos os veículos – da TV aos jornais, da internet às emissoras de rádio – é reconhecido pelos próprios jornalistas responsáveis por eles. Dificilmente se encontra um colega em posto de mando nas editorias políticas ou em cargo de direção em publicações, emissoras e portais na internet que se declare satisfeito com o tipo de informação política que seu veículo está entregando para o consumidor de informação. Muitos já tentaram, sem êxito, mudar esse curso, vários continuam tentando. Quase todos diagnosticam, com razão, o problema como sendo "cultural": algo que vem de longe e que, por várias razões, continua por inércia. Mas o jornalismo político estaria em ótimas condições se seu problema fosse só esse.
Não nos basta perguntar "quem lê tanta notícia?", como na canção Alegria, alegria, de Caetano Veloso. Precisamos discutir aspectos adicionais do jornalismo político praticado no Brasil. Começando por um básico, essencial: a linguagem que nele utilizamos. Apesar dos visíveis e louváveis esforços feitos por alguns editores, repórteres e comentaristas para tornar acessíveis ao cidadão comum os acontecimentos do mundo político, ainda se recorre de forma generalizada ao "politiquês" para relatá-los.
A praga do "politiquês"
O politiquês guarda parentesco próximo