Educação e contradição

A estrutura dessa obra segue passos que podem evidenciar as relações da educação com as categorias propostas (contradição, totalidade, reprodução, mediação e hegemonia). Partindo da contradição como categoria chave do real para chegar-se à articulação da educação com a contradição, para que essa última se coloque como ponto de chegada (provisório), em um conjunto que inclua mutuamente todas as categorias. Nesse procedimento, pretende evidenciar, além do caráter contraditório do real, o caráter mediador da educação dentro desse processo.
O primeiro capítulo pretende tratar das categorias: da contradição à totalidade, da totalidade à mediação, da mediação à reprodução, e dessa à hegemonia. Com isto dispor o capítulo do elemento mais implícito (contradição) aos elementos menos implícitos, mas fugindo à teoria da causa e efeito, pois se indicam as mediações interiores ao processo social. Ressaltando que as categorias são conceitos básicos que pretendem refletir os aspectos gerais e essenciais do real, suas conexões e relações. Elas surgem da análise da multiplicidade dos fenômenos e pretendem um alto grau de generalidade.
Assim, as categorias possuem simultaneamente a função de intérpretes do real e de indicadores de uma estratégia política.
Portanto, a exposição formal que se segue só tem sentido enquanto instrumento metodológico de análise, ligado à prática educativa e no contexto de um tempo e um lugar determinado.
O segundo capítulo trata da educação e categorias. Ressaltando de forma contrária ao capítulo anterior, mostra as articulações da educação com as categorias. Da educação e hegemonia para educação e reprodução, dessa para educação e mediação. Da educação e mediação para educação e totalidade e, por fim, dessa para educação e contradição. Partindo das análises das contradições, as categorias que iluminam o fenômeno educativo.
Propondo uma análise desse fenômeno que não dissolva a contradição, mas que a tenha como seu centro.