* Educação tradicional e suas características
No século XVI no Brasil colonial, estabeleceu-se a herança cultural ibérica católica com a chegada da Ordem dos Jesuítas em 1549, responsável pela Educação da elite colonizadora. Preocupados com a difusão da fé e com a elite religiosa, os jesuítas criaram um sistema educacional que fornecia a classe dominante uma educação clássica e humanista, como era o ideal Europeu da época. Sem a concorrência do protestantismo e com a pressão política e econômica da condição colonial, a educação jesuítica no Brasil reproduziu o espírito da idade média, tornando-se educação tradicional, com resultados significativos como mesma língua, (latim e não a vernácula, isto é do povo) mesma religião, mesmo ideal de homem culto, ou seja, letrado e erudito, num ensino rígido, com castigos físicos. Paralelamente uma nova didática è proposta pelo realismo pedagógico, considerando que a educação deve partir da compreensão das coisas e não das palavras. Lutero defende a implantação de escolas primária para todos com espírito do humanismo, sem castigos físicos e propondo exercícios físicos, música, literatura, historia e matemática. No século XVII os oratorianos se opõem a linha dos jesuítas e dentro do espírito moderno, encorajam a curiosidade científica e um sistema disciplinar brando, com ensino básico ou leigo, voltada para a superação da visão religiosa do mundo e universal, para todos, sustentada pelo estado (projeto apresentado pelos franceses: La Chalotais, Condorcet e Lepelletier). No século XVII, o século das Luzes o movimento iluminista expressou e difundiu uma nova visão do homem e do mundo. O poder da razão humana para interpretar e reorganizar o mundo. Kant, pensador iluminista busca a obediência voluntária e consciência moral. O mundo capitalista passa por profundas mudanças. A Revolução Industrial amplia a rede escolar visando que o operário precisa pelo menos saber ler, escrever e contar. O sucesso da industrialização