Educação para a saúde bucal
1 – Introdução:
Muito se tem preconizado sobre a prevenção das doenças da boca e entre as medidas preventivas adotadas pode-se destacar a educação em saúde bucal. Desde o final do século passado a educação em saúde é percebida como fundamental para uma boa saúde dos dentes e conseqüentemente para a saúde integral de todo o corpo. De uma maneira geral, a educação em saúde bucal faz parte da educação em saúde. Isto quer dizer que, apesar de sua especificidade, a forma de concebê-la e de enfrentar as dificuldades em realizá-la fazem parte de uma discussão mais ampla sobre o tema.
Educação em saúde tem sido motivo de várias discussões e análises. Podemos encontrar na literatura vários enfoques, cada um deles com o seu próprio ponto de vista sobre quem deve ser educado, como e com qual finalidade. No enfoque tradicional, segundo LOCKER (1989), a educação em saúde se ocupa principalmente do comportamento humano e de como modificá-lo para a melhoria e a promoção da saúde individual e comunitária. O seu objetivo é tentar modificar comportamentos considerados prejudiciais à saúde. Este enfoque é comumente encontrado nas ações educativas realizadas em escolas, nas instituições de saúde pública e na prática odontológica.
Um outro enfoque busca aumentar a participação da população no acesso e gestão dos serviços de saúde. Neste enfoque, os esforços se concentram para efetivar as decisões tomadas pela comunidade e suas lideranças, visando promover ações que tenham impacto coletivo, tais como: a construção de um centro de saúde, o tratamento da água de abastecimento público, etc.
Em todos esses enfoques a educação é vista como um pré-requisito para se alcançar a saúde. Considera-se que através de processos educativos pode-se conseguir a modificação de hábitos e/ou a participação política da população. Tem-se a visão de que, se todas as pessoas fossem educadas, os problemas de saúde estariam resolvidos.
Apesar da educação em saúde fazer parte