Educação para a autonomia: a contribuição de paulo freire em diálogo
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA:
A contribuição de Paulo Freire em diálogo
Filosofia da Educação
Professor: XXXXXX
Aluna: XXXXXXX
Porto Alegre
2008
Introdução
A educação brasileira possui grandes desafios. Hoje, em nossa sociedade possuímos ainda um índice alto de analfabetos e um número também muito elevado de evasão escolar. O esforço para tornar o ensino universal a todo brasileiro é real, e atualmente, 98% dos alunos em idade escolar freqüentam a escola, particular ou pública, mas a qualidade do sistema pode ser aferida por um número estarrecedor - metade deles não sabe ler nem escrever. Outros dados dizem respeito ao descaso com a escola pública brasileira: 13.700 escolas brasileiras não têm banheiro; 41% dos alunos que ingressam no ensino fundamental não concluem a 8ª série.
Nesse trabalho recorremos a pedagogia de Paulo Freire principalmente por que acreditamos, como ele, que o método de ensino e o posicionamento ético do professor estão relacionados a aprendizagem do aluno e a sua permanência na escola. Em diálogo com a pedagogia de Freire analisaremos pesquisas que mostram como o tratamento preconceituoso, por parte de professores aos alunos, inviabiliza a aprendizagem dos mesmos. As pesquisas mostram como os professores estão preocupados muito mais com os conteúdos escolares, do que o desenvolvimento critico, criativo e emancipatório do aluno.
Não queremos com isso dizer que o fracasso educacional brasileiro se deve exclusivamente ao trabalho do professor. O sistema educacional como um todo está estruturado a serviço de ideologias que impendem um ensino emancipatório. Para enriquecer este aspecto do dialogo recorremos à teoria do sociólogo Pierre Bourdieu. Para Bourdieu a escola reproduz as desigualdades sociais a serviço da ideologia da classe dominante. Esse aspecto de sua teoria converge