Educação não escolar
Resenha – A Pedagogia Social: Diálogos e fronteiras com a Educação Não-Formal e Educação Sócio Comunitária
As demandas sócio-educacionais do mundo moderno criam a necessidade de se viabilizar a formação de profissionais da educação especializados para o atendimento às questões sócio-culturais. A organização da área se dá pela interlocução com a Pedagogia Social, como teoria e como prática de intervenção educativa. A construção histórica da Pedagogia Social, os paradigmas e as áreas de intervenção sócio-educativa propicia referencial para se compreender as perspectivas atuais.
Aspectos históricos da Pedagogia Social
A Pedagogia Social consta da maneira incipiente nas questões sociais assumidas por filósofos e educadores, de Platão a Pestalozzi, esses pensadores podem ser considerados precursores da Pedagogia Social. Comenius foi o primeiro educador a formular uma concepção pedagógico-social de caráter místico-humanitário, e Pestalozzi é apontado como o fundador da educação autônoma. A primeira obra que sistematiza a Pedagogia Social é publicada em 1898, escrita por Paul Natorp. Reconhecido como o fundador da Pedagogia Social, Nartop é o criador de uma tendência, uma escola, a de Pedagogia Sociológica, parte da Pedagogia Social, uma ciência com múltiplas concepções.
A Pedagogia Social enfatiza o atendimento a problemas públicos da sociedade da época, relacionados à infância abandonada, a jovens inadaptados ou delinqüentes, a grupos marginalizados, à terceira idade, à animação sócio-cultural, à educação permanente. Para Nohl, Pedagogia Social não se refere a toda a Pedagogia, mas à parte relacionada à educação popular. Visa a atender a necessidades concretas do período após a Primeira Guerra. Centra sua proposta na prevenção como forma de solucionar os problemas sociais. Outro enfoque de Pedagogia Social, voltado à formação política dos indivíduos, com valores que defendem o nacionalsocialismo, encontra-se na obra de Krieck (1932).