Educação na idade média
Resumo: O presente texto é fruto da leitura do “Capítulo II – A Educação na Idade Média”, de Neusa Maria Marques de Souza. Quando falamos em Idade Média, o que nos vem à cabeça é um período de desagregação e muita turbulência, apelidada por muitos renascentistas como: “Idade das Trevas”, “período obscuro” ou “Idade dos Mil Anos”. A autora defende a idéia de que a Idade Média não foi apenas a “divisão entre as luzes e as trevas”, como vários afirmam. Para ela, foi uma época produtiva, em que ocorreram grandes produções intelectuais e culturais (teatro, música, pintura, escultura, artes). Antes desse período, com as diversas mudanças sociais e econômicas, geradas pela queda do Império Romano e pelas invasões bárbaras, todo o conhecimento deveria passar pelo crivo da Igreja Católica. Nas palavras de Neusa Maria, esse foi um tempo em que “o homem viveu à sombra das idéias cristãs”. A sociedade era aristocrática e o que determinava a condição dos homens era a sua relação com a terra. As classes sociais eram divididas em: nobreza, clero, cavalheiros e servos. O sistema feudal surge no século V, quando muitos migram para a zona rural. Nas novas propriedades dos senhores romanos nascem os feudos. As pessoas que foram morar no campo e buscavam proteção dos senhores feudais. A sociedade passou a ser essencialmente agrária, auto-suficiente na atividade agrícola, no artesanato caseiro e o comércio local era muito restrito, à base de trocas. Os servos bancavam suas despesas e davam parte do que produziam ao seu senhor feudal. Esse era o sistema de vassalagem e suserania. Do escravismo para o feudalismo, quanto à educação, notamos dois processos: o desaparecimento da escola clássica e a formação da escola cristã. As escolas leigas pagãs continuaram a existir em algumas cidades, onde eram ensinadas as sete artes liberais. Esses ensinamentos eram baseados no trivium (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria, música e