Educação na ditadura
ARANHA, Maria Lucia A. História da
Educação e da Pedagogia – Geral e do Brasil.
SP: Moderna, 2006 (p. 309 – 320)
De 1945 a 1964, o país retornou ao estado de direito, com governos eleitos pelo povo e marcados pela esperança de um progresso acelerado. Como vimos, ocorreram mudanças no modelo econômico. O desenvolvimentismo - até então caracterizado pelo nacionalismo - começou a entrar em contradição com o processo de internacionalização da economia, devido à instalação elas empresas multinacionais, no governo de Juscelino Kubitschek.
Vivia-se então a franca esperança no desenvolvimento do Brasil (o mote de Juscelino Kubitschek era "50 anos em 5"). O período também foi fértil em significativas contribuições culturais: o Cinema Novo, a Bossa Nova e a conquista da Copa de Futebol em 1958.
Na educação, um debate nunca visto teve como pano ele fundo o anteprojeto ela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que levou treze anos para entrar em vigor.
No início da década de 1960, a discussão sobre a educação popular tomou corpo com diversos movimentos importantes.
Darcy Ribeiro, inspirado nas ideias de Anísio Teixeira fundou a Universidade de Brasília, em 1961, concretizando o projeto de renovação universitária. Depois do governo JK até a renúncia de Jânio Quadros, seguiu-se a turbulência do governo de João Goulart, interrompido pelo golpe militar de 1964, quando aquela fecunda fermentação cultural foi violentamente reprimida pela ditadura.
Antes desses tempos sombrios, porém, veremos a educação no período de 1945 a 1964.
1 2 . Lei de Diretrizes e Bases de 1961
A Constituição de 1946 refletiu o processo de redemocratização do país, após a queda da ditadura de Vargas. Em oposição à Constituição outorgada de 1937, os "pioneiros da educação nova" retomaram a luta pelos valores defendidos anteriormente.
Em 1948, o ministro Clemente Mariani apresentou o anteprojeto da Lei de Diretrizes e Bases, baseado em um trabalho confiado a