Educação medieval
Por ocasião da invasão dos bárbaros, a cultura greco-romana esteve a ponto de ser destruída, o que só não aconteceu graças, em grande parte, à atuação da Igreja Cristã, pois somente através da religião foi possível educar os novos povos.
A educação dos povos europeus na Idade Média, portanto, teve como ponto de partida a doutrina da Igreja. Assim, a instrução nessa doutrina e a prática do culto substituíram o elemento intelectual. Todos os tipos de educação que se desenvolveram durante o longo período da Idade Média não passaram de modalidades diferentes de preparação para um estado futuro.
Sob o domínio da Igreja, este estado futuro tornou-se a “outra vida”. Durante todo este período predominou uma concepção de educação que se opunha ao conceito liberal e individualista dos gregos e ao conceito de educação prática e social dos romanos.
1. O cristianismo e o novo ideal educacional
Enquanto os filósofos gregos davam mais importância ao aspecto intelectual do homem, o cristianismo, pelo contrário, passou a dar maior importância ao aspecto moral. O cristianismo não se baseia no ideal de imediata felicidade nem no de vida da razão; baseia-se, primordialmente, na idéia de caridade cristã ou amor, que é a expressão mais individual e completa da personalidade humana.
O novo ideal educacional, portanto, concentra-se no aspecto moral da pessoa humana. Esse novo ideal educativo do cristianismo é um renascer para um mundo novo do espírito.
Com o cristianismo surge um novo tipo histórico de educação com normas inéditas de vida e comportamento. No Sermão da Montanha, Jesus Cristo instaura uma nova visão do mundo e da vida, que contrasta ostensivamente com as culturas precedentes, fundadas num ideal heróico, aristotélico e terreno da existência. “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. “Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.”
2. Os primeiros padres da Igreja, o