Educação infantil
Esses versos de Gramsci (1978) nos levam a analisar a questão da infância, “Com efeito, algumas plantinhas assemelham-se estranhamente à sala e a cebolinhas mais que a flores. Todos os dias me vêm à tentação de podá-las um pouco para ajudar a crescer, mas permaneço na dúvida entre duas concepções de mundo e da educação: se deixar agir de acordo com Rousseau e deixar obrar a natureza que nunca se equivoca é fundamentalmente bom a ser voluntarista e forçar a natureza introduzindo na evolução a mão esperta do homem e o princípio da autoridade”. Esse verso expressa o dilema fundamental da Pedagogia, associado, em essência, ao fato de ter a infância como objeto e a sociedade como meta. Conceituar a infância para a Pedagogia remete a defender ideias de reflexão de como conduzir a criança para o mundo adulto com cuidado para não pular as suas fases de criança. A infância é o suposto universal da ação e da produção pedagógica, pois a Pedagogia elabora uma análise particular da infância em situação escolar, estabelecendo a busca por uma identificação de padrões de normalidade quanto ao desempenho das crianças e estabelecer regularidades para a orientação da prática dos educadores. Quando considera a criança como ser biológico que percorre etapas etariamente definidas, encobre-se sua vinculação social e histórica e toma-se o que é particular pelo universal. Para desenvolver a formação da cidadania nesses indivíduos existem garantias que estão estabelecidas na Constituição Federal de 1988, no artigo 227 e também na Lei Federal 8.069, Estatuto da Criança e do Adolescente, estes tem direito a vida, a saúde, a alimentação, ao lazer, a profissionalização, a educação, entre outros, deixando esses seres humanos longe de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Para essas duas leis maiores, foi estipulado que a Educação Infantil é importante para o desenvolvimento significativo do