Educação infantil
- O fracasso da/na escola
(uma escola para o povo ou contra o povo) Já em 1882, Rui Babrbosa, denunciava a vergonhosa precariedade do ensino para o povo no Brasil.
Desde então, e até hoje, diagnósticos, denuncias e propostas de educação no Brasil e a democratizacao do ensino é vista como instrumento essencial para a conquista desse objeto. A educação como direito de todos, discurso que não foi interrompido nem mesmo nem mesmo durante os regimes autoritários. Este discurso ora toma uma direção quantitativa, ora se volta para a melhoria qualitativa do ensino. A escola publica não é uma doação do estado, ela é uma progressiva e lenta conquista das camadas populares. Nesta luta, o povo não é o vencedor, não há escola para todos e a escola que existe é antes contra o povo que para o povo. Em primeiro lugar; não há escola para todos. A escola que existe é antes contra o povo que para o povo. Menos de um quinto conclui o 1º grau. A repetência e a evasão, explicam esse progressivo afunilamento.
(uma primeira explicação: a ideologia do dom) O mesmo ponto de partida. Quando ao ponto de chegada, isso depende de cada um. O sucesso ou fracasso na escola devem ser buscadas nas características dos indivíduos; a escola oferece “igualdade de oportunidade”, o bom aproveitamento dessas oportunidades dependerá do dom – aptidão, inteligência, talento – de cada um. A existência de desigualdades naturais, de diferenças individuais vem sendo legitimada pela psicologia, aptidões intelectuais , desigualdades e diferenças individuais explicariam as diferenças de rendimento escolar. Desta forma, não seria a escola a responsável pelo fracasso do aluno; a causa estaria na ausência, neste, de condições básicas para a aprendizagem. Passa assim, a ser “justo” que a escola selecione os mais capazes, os menos capazes para o 2 grau que leve ao acesso a cursos superiores. A função da escola, segundo a ideologia do dom, seria a de adaptar, ajustar os alunos à